Por favor cala-te. Calem-se todos. Deixem o silêncio falar, que eu preciso de o ouvir. Hoje mais do que nunca, não me posso deixar adormecer e ele mantem-me acordada. Por favor desliguem os motores, baixem os estores com cuidado, fechem as portas com vagar, que eu preciso do silêncio para acordar. Escuto o que me diz, sem um pio, sem um som, sem ruído, sem contestar. Com toda a razão, tamanho é o etéreo de uma massa vasta, vazia de agudos e de graves, tamanho o alcance que pode ter quando não tem nada para dizer. Entra devagar pelas frechas das portas, pelos buracos das fechaduras, às costas de um gato, entra devagar e instala-se num canto. Ele sabe esperar. E quando tudo se cala, quando eu preciso, ele sim, começa a falar.
5 comentários:
Em primeiro lugar, obrigada pela visita, pelo comentário e pelo link.
Depois, devo dizer que me identifiquei bastante com este texto sobre a necessidade do silêncio. Às vezes, sinto a falta dele se bem que a sua ausência se deve a uma vida cheia de pessoas e circunstâncias verdadeiramente imprescindíveis.
Beijos
Ana
Onde andas T?
Preciso que passes na minha casa. tenho falta das tuas palavras.
bjos
JB
Ohh Jorge, que saudades de saber de ti!
Vou visitar sim senhor. Já hoje ;)
ufff.. q texto. gostei.
e, por vezes, tb preciso do silencio. momentos em q os pensamentos andam a mil ou a 10. momentos meus.
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Obrigada Sara.
Já te vou espreiar também.
Fica bem
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