20.10.08

À minha memória

Às vezes esqueço-me. De mim própria. Do que sou capaz de fazer, do que já fiz. Às vezes, cada vez com mais frequência, esqueço-me. Do que sou, do que sei. E às vezes esqueço-me do que sinto. Do que é isso. Não é a analogia de ser espectador do meu próprio papel de actriz nesta vida. É quase autismo. E às vezes dura, cada vez mais, tempo demais. E depois tenho de voltar e conhecer-me e lembrar-me. E às vezes esqueço-me de como isso se faz. Até um dia em que não me vou lembrar mais.

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