Quando em Outubro fiquei desempregada olhei para a situação como uma oportunidade, com um sentimento de alívio, alguma esperança e preocupação q.b. Prestes a juntar os meus pertences com os da cara-metade e a mudar de estilo de vida, as circunstâncias vinham contribuir para o processo de mudança. Eram os planos e iam manter-se. Olhei para o tempo que me estava a ser dado como uma benção, um momento para recuperar o fôlego da azáfama habitual da minha vida, para depois poder lá voltar mais retemperada.
O mundo era meu. Desde ir para África tratar de elefantes bebés, a aprender shiatsu, fazer um curso de fotografia, estudar linguas, ir a Madrid passear, escrever um livro, renovar a minha casa, costurar a minha roupa, ir mais vezes ao ginásio, andar de patins, tudo era um mundo de possibilidades. Os planos, eram imensos, tal como era imensa a minha vontade de aproveitar o tempo que me estava a ser dado. Mas não. Dizem que a vida acontece enquanto estamos demasiado ocupados a fazer planos para ela. Eu gosto desta frase: a vida acontece.
E um dia olhei e já não havia a cara-metade, porque já não havia porquê, os meus pertences continuavam no mesmo lugar, a ida a África só em desejo, pois a força tinha dias que mal me deixava sair da cama, quanto mais cuidar de outros. Os cursos ficaram-se pelas ginástica de línguas, o desporto e a vontade também ficaram a olhar para mim e a engordar-me em casa, e a casa ainda está a meio da renovação. Tal como eu. Vou a meio de um caminho que não sei onde nem quando acaba, mas é o caminho que a vida me está a levar. Vou sem mochila, sem mapa e sem lanterna, mas esta viagem do imprevisto, apesar de mais tortuosa, tem-se revelado mais honesta do que a que levava, já traçada.
O mundo era meu. Desde ir para África tratar de elefantes bebés, a aprender shiatsu, fazer um curso de fotografia, estudar linguas, ir a Madrid passear, escrever um livro, renovar a minha casa, costurar a minha roupa, ir mais vezes ao ginásio, andar de patins, tudo era um mundo de possibilidades. Os planos, eram imensos, tal como era imensa a minha vontade de aproveitar o tempo que me estava a ser dado. Mas não. Dizem que a vida acontece enquanto estamos demasiado ocupados a fazer planos para ela. Eu gosto desta frase: a vida acontece.
E um dia olhei e já não havia a cara-metade, porque já não havia porquê, os meus pertences continuavam no mesmo lugar, a ida a África só em desejo, pois a força tinha dias que mal me deixava sair da cama, quanto mais cuidar de outros. Os cursos ficaram-se pelas ginástica de línguas, o desporto e a vontade também ficaram a olhar para mim e a engordar-me em casa, e a casa ainda está a meio da renovação. Tal como eu. Vou a meio de um caminho que não sei onde nem quando acaba, mas é o caminho que a vida me está a levar. Vou sem mochila, sem mapa e sem lanterna, mas esta viagem do imprevisto, apesar de mais tortuosa, tem-se revelado mais honesta do que a que levava, já traçada.
6 comentários:
Como te compreendo... Mas o mundo gira todos os dias...
Tenho para mim que as balanças não nasceram para serem felizes. Na sua totalidade.
O mundo conspira contra elas. A vida também. E olha, é isto.
não me ocorre dizer outra coisa que não isto: é mesmo isso!
... e num instante tudo muda!
Vá sem medos nessa viagem. Chegará outro dos tais instantes...
Ocorre me dizer te que essa travessia pode ser bastante tortuosa... e até parecer te infindável T mas quando menos deres por ela já a terás atravessado.
(Faith)
bjinho
Ori
A vida é mesmo uma incerteza, não podemos dar nada como garantido. Afinal de um momento para o outro tudo pode mudar, bjs
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