As partidas custam-me. Seja eu a ir ou a despedir-me dos que vão. As partidas estão intimamente ligadas às mudanças, e eu não lido muito bem com estas. Este ano já tive várias e os que me rodeiam também. Hoje mais uma pessoa amiga muda de casa, desta feita para fora de Lisboa. E se antes vivia perto de mim, tão perto que era só atravessar a rua, agora vai para uns quantos quilómetros e eu tenho medo. Tenho medo da largada e da fugida. Tenho medo que as coisas se percam, tenho medo das minhas aflições a horas impróprias e de ela não estar ali. Tenho medo do que a distância possa fazer por nós.
Estes últimos doze meses tenho-me tenho-me visto a braços com as minhas mudanças e assistido às dos outros: cinco nascimentos, três funerais, um casamento e três mudanças de casa. Ainda bem que o saldo dos momentos felizes consegue superar o dos menos bons. Todas estas situações são uma partida, um deixar um lugar que se conhece, uma forma de estar confortável, e partir para outra. Outra coisa qualquer. Todos partiram. E eu espero pelo grito, para ter a minha partida, largada e fugida.
Estes últimos doze meses tenho-me tenho-me visto a braços com as minhas mudanças e assistido às dos outros: cinco nascimentos, três funerais, um casamento e três mudanças de casa. Ainda bem que o saldo dos momentos felizes consegue superar o dos menos bons. Todas estas situações são uma partida, um deixar um lugar que se conhece, uma forma de estar confortável, e partir para outra. Outra coisa qualquer. Todos partiram. E eu espero pelo grito, para ter a minha partida, largada e fugida.
2 comentários:
Mudanças, diz-se que são sempre boas...não sei um dia destes logo te digo se são mesmo ou não...
Não acho que sejam sempre boas. Mudar supostamente é avançar... mas nem sempre.
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