27.11.07

Fim da luta - Balla


Gosto de ver-te passar
Anseio por ver-te passar
Mas eu não vou, não vou...
Adoro ver-te gozar
Quero ver-te gozar
Mas eu não estou, não estou...

Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz, eu páro
E recomeço com um ódio banal
Que não nos faça tanto mal
Que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz
Hoje não vamos falar,
Recuso a ouvir-me falar
Mas eu não sou, não sou...
Forte p'ra te conquistar
E tu queres ver-me gozar
Mas eu não estou, não estou...

Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz, eu páro
E recomeço com um ódio banal
Que não nos faça tanto mal
Que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz

Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz, eu páro
E recomeço com um ódio banal
Que não nos faça tanto mal
Que não nos torne mais amargos
E nos deixe sem dúvidas
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Eu provavelmente morro com o fim da luta
Mas se te faz feliz

22.11.07

POST Nº 100


Coincidência das coincidências, hoje decidi que este blog não ia ser mais assim. Assim, como quem tenta dizer as coisas, mas nunca se compromete muito, não aprofunda, não revela realmente aquilo que sente e que pensa. Estava a pensar nisto quando faço o login e adiro à secção de "criar mensagem" e reparo que tinha 99 posts publicados.

Coincidência ou não, vou com a minha decisão para a frente.

Não sei se é dos 30 anos, se é do mestrado, se é de conhecer e conviver com pessoas novas, se é de navegar mais na net, não sei o que é, se calhar é tudo junto, mas sinto um certo "despertar da mente", não no mesmo sentido do filme, mas no sentido de acordar para a estupidificação em que me deixei cair nestes últimos 4 anos. Sim, é isso mesmo: 4 anos. Uma eternidade que eu nem percebi a passar-me. E agora, com 30 anos olho para tudo o que me lamentei não fazer, e que acabei por não fazer mesmo. Por tudo o que não vi, não assisti, não li, não ri, não ouvi, não dancei, não comi, nao falei, não amei, não beijei, não vivi. Acordo de repente com a ansia de agarrar tudo de repente, de agarrar em 4 meses os 4 anos. Quero. Quero muito, mas não sei se ainda tenho forças.

Ouvia na sexta-feira passada, na rádio, uma conversa sobre pegar numa mochila e ir correr mundo, sem nada certo. Falava-se, às tantas, que há uma idade para isso, e que a predisposição de alguém com 40 anos já não é a mesma de alguém com 20. Não podia estar maisde acordo. Eu que estou no meio, tanto vacilo para um lado como para o outro.

Não sei se é coincidêcia ou não, mas ouvi isso na rádio ainda no outro dia e hoje fui parar a dois blogs muito interessantes, de duas pessoas que conheci num jantar. E confesso que foram um "WAKE-UP" para mim, exactamente assim, com letras garrafais, aos gritos.

Ninguém imagina, mas eu conto. Nunca descobri o que é que eu consigo fazer bem. Qual o meu talento, aquele que mais ninguém tem. Nunca descobri. Vivo com esta angústia há anos e cada vez me perturba mais, porque cada vez conheço mais pessoas talentosas e cada vez a minha não resposta se faz ouvir. Estou num processo muito complicado. Num processo em que acho que não sou capaz, não sou digna, não sou merecedora, em que me zango comigo, grito por não ter feito, grito por ter feito e fazer mal. E confesso que estes anos de violência doméstica sozinha deixam marcas. Não, não estou deprimida.
Estou aborrecida comigo. Chateada por não ter consegido fazer melhor com o tempo e as oportunidades que tive. Revoltada por me ter perdido algures. Pela força, que já tive e deixei fugir.

Isto é comigo e só comigo, ouviste?! Quando é que páras de ter pena de ti e fazes alguma coisa? Estou farta de ti assim! Sabes que tens essa força, só tens de a encontrar outravez. Não são as lamúrias que vão mudar isto. O momento tem de ser agora. Porque eu já não aguento mais nem eu me aguento mais tempo assim.
Não sei como vais fazer para lá chegar, mas tenta tudo. Sozinha ou acompanhada, em casa, na rua, mesmo aqui ao lado ou do outro lado do mundo. Mas tenta. Tenta tudo até esgotares todas as possibilidades. Amassa pão, cuida de crianças, vai para África fazer voluntariado, serve cafés em Itália, limpa as ruas em Paris, pinta quadros com as mãos, com os pés, faz croché, tricot, bolos e rebuçados de cores. Caça tesouros, mergulha, como sempre quiseste, atira-te de pára-quedas, ainda este ano, como sempre sonhaste. Faz o curso de design, o de rádio, cose a tua t-shirt com botões, canta num bar e faz um strip-tease.
Solta essas mãos e esse coração. Faz isso por ti e por mim, por favor, porque eu não aguento mais ver-me assim.

21.11.07

Two More Years - Bloc Party


In two more years, my sweetheart, we will see another view

Such longing for the past for such completion
What was once golden has now turned a shade of grey
I've become crueler in your presence

They say: "be brave, there's a right way and a wrong way"
This pain won't last for ever, this pain won't last for ever

Two more years, there's only two more years
Two more years, there's only two more years
Two more years so hold on
X2

You've cried enough this lifetime, my beloved polar bear
Tears to fill a sea to drown a beacon
To start anew all over, remove those scars from your arms
To start anew all over more enlightened

I know, my love, this is not the only story you can tell
This pain won't last for ever, this pain won't last for ever

Two more years...

You don't need to find answers for questions never asked of you
You don't need to find answers
x2

Dead weights, balloons
Drag me to you
Dead weights, balloons
To sleep in your arms

I've become crueler since I met you
I've become rougher, this world is killing me

And we cover our lies with handshakes and smiles
And we try to remember our alibis
We tell lies to our parents, we hide in their rooms
We bury our secrets in the garden
Of course we could never make this love last
I said of course we could never make this love last
The only love we know is love for ourselves
We bury our secrets in the garden.