31.3.10

Ela falava,
falava,
falava.

Não suportava
o som
de estar calada.

28.3.10

Obrigada






[38]
"A coincidência é a forma que Deus tem de permanecer anónimo."

[Einstein]

26.3.10

Message to self (and other)



Tenho uma pulsão incontrolável por janelas com a luz acessa. Os meus olhos saltam à procura de intimidade, de peças, de pormenores dos outros. Não é voyerismo. É mais forte do que eu. É entrar sem ser convidada.
Conheço a maioria dos candeeiros das casas das zonas antigas de Lisboa. E as cores das paredes, quadros, e topos de bibliotecas. De algumas casas conheço até as salas de jantar completas, e os quartos. Hoje foi uma noite recheada, no largo junto à casa dos bicos, tive o tempo necessário para olhar um prédio que há muito me cativa. Uma parede vermelho sangue de boi e um candeeiro com muitos globos brancos, muitos. Ao lado um quadro enorme, e ainda as estruturas em madeira de casa velha. Pé alto enorme. Estantes enormes. Livros, muitos e mais candeeiros, e de vez em quando uma sombra. E eu, cá em baixo, a espreitar, a imaginar o resto que não vejo, à espera de ser convidada para entrar.

Fotografia daqui

23.3.10


Tudo
devagar
se encaixa
no seu lugar

19.3.10

Eu sou uma pessoa que sofre.
Uma pessoa que descobriu um site onde se vendem fios com pendentes e alfinetes de peito vintage e art déco, duas coisas que eu adoro de perdição.
Eu sou uma pessoa que sofre de diminuição do saldo do cartão
de crédito desde que descobri este site.
E agora sofro por isso,
e pela espera das (repararam bem no plural?) encomendas.




[Para me perceberem, ponham só os olhos neste exemplo,
que não fazendo o meu género, não deixa de ser um mimo.]

18.3.10

Gosto desta imagem.


[caixas vazias, cheias de coisas importantes]

16.3.10

Era para estar dentro da Aula Magna neste momento a bambolear-me ao som
de Florence+The machine, mas deu-me as fúrias* e não fui.




*[também conhecidas por TPM]




(é caso para dizer que os Dog Days já podiam estar Over)

14.3.10

The latest maxi-ultra-pleasure

Vou dar banho ao gato.


[E não é no sentido literário da frase. Wish me luck]

10.3.10

Estou perdida de amores por um vestido.


[de noiva]

Humores


Cheguei à conclusão que, desde que deixei de trabalhar, nunca mais acordei de mau-humor. Não é o mesmo que acordar feliz e contente, nem significa acordar não-deprimida. Tive os meus dias negros. Mas de mau-humor, nunca mais, o que me leva a pensar que o meu mau-humor, das duas uma, ou está associado ao despertar matutino ou ao facto de ir trabalhar contrariada. Sendo que as duas questões têm um peso igualmente forte, não posso dizer que seja por uma ou outra razão exclusivamente. Mas posso garantir que a não obrigatoriedade de ir para um sítio que já me provocava mais urticária do que prazer, contribui francamente para a melhoria do meu humor.

9.3.10

O que eu tenho a dizer sobre os Óscares?

[putas das pipocas!]

8.3.10

Em modo operativo para assistir ao maior filme do ano, acompanhada do respectivo balde de pipocas, pijama e manta. Sem hora para acordar amanhã. Ahh e com o Mac ao lado para actualizações regulares no facebook.


[Óscares estou vestida e pronta para te ver]

7.3.10

[Já chega de limão, não?]


Adenda: imagem enviada pela amiga Cat. para ilustrar este post. Thank you my dear.
Não sei o que era da minha vida sem a tua direcção de arte.

4.3.10


Os relógios daquela casa faziam intermináveis tic-tacs.
Onde era suposto o tempo passar,
tudo acontecia num vagar marcado pelo passar de cada tic,
seguido de cada tac.



tic
tac
tic
tac
tic
tac

...






3.3.10

Um texto copiado e assinado


Quem fala assim não é mudo?

"Irritam-me pessoas que não sabem respeitar o espaço das outras. Irritam-me. Ponto.
E quanto a isso não posso fazer nada. Vá, posso. Fiz. Não serviu de nada.
Continuaram a não respeitar o meu espaço, o meu silêncio.
Eu gosto de silêncio.
Gosto de silêncio ao acordar.
Odeio que falem comigo quando acordo.
Toda a gente que precisa de saber disso o sabe. Mas, ainda assim, há sempre um corajoso que "tenta mudar" esta minha maneira de ser.
Apesar de não ser bem sucedido em TODAS as vezes, continua. Continua de forma estúpida. Levando com toda a má disposição que eu tenho ao acordar.
Eu prezo o silêncio. Talvez venha daí a minha enorme dificuldade em falar. Não gosto de falar.
Prefiro a escrita.
Com a escrita podemos dizer tudo o que queremos sem nunca perturbar o silêncio.
Eu gosto de silêncios. Mesmo aqueles perturbadores. Aqueles em que alguém devia dizer algo mais para tentar quebrar o gelo, mas ninguém diz pois tem medo de tornar a situação pior.
Eu sou dessas pessoas. Eu gelo. Quando há algo muito importante para se falar eu simplesmente fico estática. Sem falar. Não porque não queira, vá, em parte por isso, mas sobretudo porque não consigo falar. Porque tenho medo de tornar a situação pior. Porque só a iria piorar. Eu fico em pânico só de saber que tenho de falar em público.
Pasme-se a alma que pensa que quando tenho algo para dizer não o digo. Digo. Digo e com toda a arrogância que um silêncio não pode ter. Especialmente quando tenho razão e chego ao ponto de ebulição. Digo-o. O que quer que seja. Eu digo. E, por isso, fui muitas vezes apelidada de insolente!
Talvez devido a esse meu "novo" apelido tenha aprendido a ficar calada e a dar valor ao silêncio.
Porque quando falo sei que tenho realmente algo para dizer e não é despropositado"


[orgulho da mana mais nova Denise que escreve assim e diz que amanhã não vais ter tanto encanto.]


É impressão minha, ou agora toda a gente anda a comprar grandes maquinões?



[fotográficos quero eu dizer]



[a single man]


O meu professor de cinema disse que um filme tem 7/8 minutos para nos captar, caso contrário já está perdido. E o que dizer sobre um filme que aos quatro minutos e meio nos começa a fazer escorrer lágrimas e vai nesse ritmo em quase toda a duração da sua projecção?
Eu não me lembro da última vez que me senti assim com um filme. Durante e depois. É provavelmente um dos filmes da minha vida, francamente no top 5, apesar de poderem achar que a proximidade do visionamento me está a turvar a memória (é possível), mas este foi, sem dúvida, o filme mais bonito que já vi na vida.



2.3.10


E de repente saímos do estático 66 para um simpático 72.


[i love my stalkers]

Roller state I am

1.3.10


[Lisboa deitou-se cedo, mas não sonhou]