19.6.11

Do optimismo:

Eu não  estou numa maré de azar. 
Eu estou numa fase em que confluem em mim uma série de 
episódios caricatos mas com pouca piada.

14.6.11


"that's a reason why I've said I'd be happy alone.
It wasn't because I thought I would be happy alone.
It was because if I love someone and we fall apart, 
i might not make it.
It's easier to be alone."

13.6.11

Como re-enlouquecer em três passos:


Primeiro, submeterem-se ao silêncio e afastamento do namorado.
Segundo, apanhar varicela (em vésperas de santo antónio) e reclusão em casa. 
Terceiro, para compôr as coisas, voltar a perder o emprego (meio-emprego).



Como resolver estes problemas, com três soluções melodramáticas:

Emigrar para um país muito longínquo e sem meios de comunicação e nunca mais voltar.
Bater com a cabeça na parede, com força, e ficar à espera de se esvair em sangue.
Cortar os pulsos, só porque é masi rápido e cinematrográfico.

1.6.11

Falo mas não converso.
Escuto, mas não oiço.

22.5.11

I'm in love!

Muito caras, mas muito espectaculares!

11.5.11

Isto é o que me apetece escrever no facebook de há um ano para cá.

Estou farta de gente a queixar-se dos seus empregos, estáveis, e com ordenados de quatro dígitos a quem não tem um emprego, nem estável nem instável, muito menos bem pago, há já um ano e meio. Um bocadinho de bom senso, sim?!

10.5.11

E hoje começa.


Após muita hesitação, falta de convicção e adiamentos hoje finalmente comecei a dieta. Para já o objectivo são 5kg. Atingido esse objectivo, logo sonharemos com outro número. Porquê dia 8 de Maio? Porque falhei a primeira semana de Maio, e porque dia 8 é tão bom como outro dia qualquer. Não vou fazer nenhuma daquelas dietas drásticas malucas, nem tomar nenhuns aditivos, pois só valeria a pena se estivesse a fazer desporto regular (eu sei... eu sei...). Vou só pensar duas (ou oito) vezes antes de comer e de escolher o que como.
So help me god!


O fato-de-banho infelizmente já está esgotado na La Redoute, 
mas o tamanho da modelo aidna não, e eu, apesar de nunca chegar 
às medidas apresentadas, vou tentar uma aproximação.

9.5.11

Já ia passando um mês

E eu sem escrever nada aqui. Mesmo assim, dia 6 de Maio houve 296 visualizações de páginas e no dia 7 de Maio, houve 260 visualizações. Espectacular.
Mas tudo isto tem uma explicação muito simples: a minha asusência deve-se ao facto de nas horas de meio-trabalho que tenho, passar o tempo a gerir o site e a conta de facebook (também desapareci de lá).
Sobre as visualizações inesperadas, só posso achar que tem a ver com o título do último post, que atrai aqui gente ao engano.

11.4.11

O que ainda não se disse sobre a crise...


É que este pode ser um momento de mudança da sociedade. Um momento em que as pessoas possam perceber para que serve realmente o dinheiro, que afinal podemos abdicar de uma série de luxos que julgavam indispensáveis, que a incerteza que os tempos nos trazem, podem também trazer uma nova percepção da nossa vida, dos nossos hábitos, rotinas e do que está institucionalizado. No fundo, uma oportunidade de nos reinventarmos como seres humanos, de olharmos para dentro, de valorizarmos mais a conduta e o espírito, do que a matéria. Gostaria de pensar que estamos a abandonar os tempos do materialismo, para passarmos a uma nova era, mais espiritual. Já lá estivemos, há muitas centenas de anos atrás, milhares até. Resta saber se daremos a volta, e conseguiremos lá voltar.

6.4.11

Disse a A. e disse muito bem:


"(...) Também há quem diga que há momentos em que é preciso dar dois passos atrás para se conseguir depois dar cinco para a frente. E eu digo que até para recuar é preciso sorte. É preciso a sorte de andar de costas e tropeçar em algum lado." 

Diz aqui

Spooky


Estou a habituar-me de tal maneira a esta forma de "fantasma" na sociedade, que um dia destes, desapareço mesmo, e aposto que o Estado nem dá por nada.

31.3.11

Porque aqui posso tudo:




FOOOOOOODAAAA-SEEEE!!!


[dizem os psicólogos que dizer palavrões, 
excepcionalmemte, faz bem à alma e liberta a raiva que há em nós.]

Tenho as lágrimas secas 
e o coração duro.

25.3.11


Se queres ser feliz, nunca te compares a ninguém,
nunca penses que não és capaz, 
e nunca desistas se acreditas mesmo, 
mesmo que sejas o único a acreditar.
Se queres ser feliz faz, 
mesmo que seja igual ao que outros já fizeram. 
Faz, se o processo te deixar feliz.


[parecem frases clichés, é verdade, mas são conclusões a que eu cheguei. 
Ou seja, percebi-as verdadeira e interiormente. 
Independentemente de ter passado anos da minha vida a ouvir pessoas 
a dizê-las ou a escrevê-las por outras palavras. Estas conclusões, agora, são minhas.]

Todos os nossos actos têm consequências.
Mesmo os não actos.

Resta saber se, quando agimos,
conseguimos ter a percepção de que mais tarde,
vamos ter a capacidade de remendar 
o que fizemos ou o que não fizemos.

18.3.11

poema sem nome






Agrafei-me ao céu
para que não te falte
a alma em rotundas vazias.
Que não te falte o pé
no caminho pedrado dos dias.
Que não te chovam lágrimas,
na pequena nódoa da tristeza.
Bocados estilhaçados
de quem não foi à guerra
e tem mãos de tremor.
Não te deixes morrer,
meu amor.
Que eu agrafei-me ao céu
por ti. 


"Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta."


[Herberto Helder, Poemacto II]

17.3.11



Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia,
com furibunda concepção.
Com alguma ironia furibunda.
 


 
[Herberto Helder, Poemacto II]
 

?


Descobri hoje na sessão com o psicólogo, que desilusão não significa desamor. Ou seja, um sentimento não tem de incluir o outro obrigatoriamente.  E para mim estavam sempre interligados. Mas não.
Ora, posto isto, e considerando que é verdade, a questão que se coloca é, será que eu ainda gosto do que faço? Será que eu afinal ainda gosto da minha profissão, mas estou tão tão tão desiludida, que comecei a acreditar que a desamava?

Pois. Não sei.
Have to think about it.

16.3.11

Como correu o meu dia hoje?




 

Baralhar

Era uma pessoa complicada que gostava de coisas simples. Gostava de leite frio. Café sem açúcar. Maçãs, Laranjas e Bananas. Só. Iogurtes naturais. Meses com 30 dias. Nem um a mais. Dias regidos por horas, regidas por minutos fluidos. Gostava de textos escritos a arial corpo 12. De gelados de nata sem mais nada. De telefonar e não ouvir ninguém do lado de lá. Escrever a preto, desenhar a lápis. Palavras pequenas e simples. Traços direitos e conclusivos.
Não rasgava o papel que deitava fora. Dobrava-o em quatro e punha-o no lixo.
Apanhava folhas e guardava-as. Das árvores e dos cafés. Secava-as e lia-lhes os veios, as linhas da idade. Guardava-as e sentia-as. Dobrava-as em quatro e punha-as no lixo. Parava no caminho para as recolher. Sempre o mesmo. Da casa à esplanada, onde se sentava. No lugar que lhe estava guardado. Gostava de pessoas simples, que falavam sem gritar, sem gesticular. Que falavam devagar e acompanhavam a língua com o olhar.
Torrada com manteiga. Copo de leite frio. Café sem açúcar. Aguardava. Obrigada.
Na cadeira, na esplanada, no jardim, na rua, perto de casa, arrumava a simplicidade a cada passo, em cada gesto. Entre um e outro, o seu mundo complicou-se. Baralhou o gesto e escreveu a lápis, desenhou a caneta preta, deitou o café no copo de leite frio, rasgou as folhas erradas do caderno e soltou as folhas que tinha a secar. Baralhou o gesto quando ouviu aquela mulher com as mãos a gritar, e os olhos a dizer muito mais do que falar.