8.12.06
Goodbye
Ela preparava o jantar quando ele chegou e a abraçou por trás. Estava estranhamente carinhoso nesse dia. Disse que ia tomar um banho rápido e ia para junto dela.
Sem saber como nem porquê o telemóvel dele foi parar às mãos dela. Sem saber como nem porquê começou a mexer e a entrar. Mensagens recebidas, rascunhos, mensagens enviadas.
Sem saber como nem porquê ficou a saber o que dizia a outra mulher, os nomes e elogios que lhe fazia, as vontades que tinha. Sem querer saber como, nem porquê ficou a saber o porquê.
Dos abraços excessivos, dos constantes agrados, da falta de interesse.Dos incentivos para ela ir tomar café com as amigas ou passar o fim-de-semana com os pais.
Ficou a saber que não era por ela, mas pela companhia, pela incapacidade dele,
de estar sozinho, só para estar com alguém. Não importava quem.
Colocou o telemóvel onde estava.
Passou o resto do serão, com ele ao lado, como tantos outros.
Deitou-se na cama, da sua casa, onde o deixou deitar-se também.
Passou o dia, como tantos outros, a esconder e a querer chorar, mas sem.
Foi ter com ele ao fim do dia. Íam jantar. Esperou por ele à porta e em vez de lhe dar um beijo, disse-lhe apenas, goodbye.
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