Fui ver a performance teatral "As passagens do tempo" no Museu da Electricidade, e embora a peça em si não fosse de cariz dramático nem triste, com excepção para um texto particularmente emotivo - o penúltimo - que começava assim "sei quando é que vou morrer. Vou morrer no dia 6 de Outubro de 2018. Eu sei. Sei que daqui a cerca de dois verões vou conhecer uma rapariga e sei que o meu pai vai falecer daqui a três verões..." e era mais ou menos esta a sequência.
Mas chorei e não devia. Chorei de raiva, de revolta de tristeza. Chorei de assunto mal-resolvido. Chorei porque devia ter tido a coragem de falar com X, de ter tentado mais e mais e com mais força e mais uma vez. Chorei com pena de mim própria. Chorei de revolta por um assunto que pensava estar arrumado na minha cabeça, mas que não ultrapassei ainda. Chorei porque aquilo que é meu não me pertence.
3 comentários:
Essa passagem e a do homem e da mulher na estação de comboios...são geniais e tocantes, pois ambas falam sobre o tempo, a vida, a hipotese de ser ou não ser, os timings, as eras. Espero que tenhas gostado.
se choraste é pk tinhas motivos para tal...chorar tb é preciso...
tambem la fui logo no primeiro dia e adorei. Beijinhos T
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