14.2.07

Morri



Morri

Passeio na calma, por isso sei que morri.
Não é tão mau como pensei.
Não me dói, mas não sei ainda.
Ainda não sei muito bem porque estou aqui.
Não sei se quero ficar já aqui.
Lembro-me das multicores de coisas boas.
Vou ou fico?
Lembro-me do amarelo confusão.
Repetido. Repetido.
Onde fico?
Volto para a confusão que se repete.
Onde fico?
Num ritmo repetido.
Onde fico?
......................
Onde é que eu fico?
Vou ou fico?
Viro!
O amarelo confusão sobe
enquanto eu desço o caminho da minha indecisão
e continuo sempre com a mesma pergunta no espírito:
Vou ou fico?
Toco nas coisas para ver se ainda as sinto.
Mas nada!
Sou um vazio cheio de tudo a tentar manter-se vivo.
Mas estou do lado errado do rio.
Vou ou fico?
Uma luz, branca, forte e cada vez mais perto
parece querer dizer-me o caminho.
E eu grito: VOU OU FICO?
Acho que vou.
Respiro!
Sossego
Adeus confusão, adeus caixão.
Agora sim.
Morri.
Fim.

1 comentário:

Conceição Bernardino disse...

Olá,
Ser feliz, do ponto de vista da psicologia, não é ter uma vida perfeita, mas saber extrair sabedoria dos erros, alegria das dores, força das decepções, coragem dos fracassos. Ser feliz neste sentido é o requisito básico para a saúde física e intelectual.
Paragrafo retirado do livro “Nunca desista dos seus sonhos” do autor augusto Cury.

É dos sonhos que eu vivo com os pés bem assentes na terra, força!
Beijinhos
Conceição Bernardino