27.1.08

Mata-me a mim


Quase esperar a tua morte. Lenta. Mata-me a mim também.
Não saber se este ano chegas aos teus anos. Mata-me a mim também.
Assistir a tudo de braços cruzados e não poder fazer nada. Mata-me a mim também.
Cada pedaço que a doença te tira. Tira-me a mim também.
Queria substituir-te na dor, na tristeza e dar-te a minha vida também.
Cada menos que és, para mim és ainda mais. Serás sempre mais que todos.
E és mais que ela. E eu também.
Que ela não te vença. Que ela não te leve a ti.
Porque eu não quero que ela me leve a mim, também.

1 comentário:

pu pu pi tu disse...

Infelizmente, é um texto lindo.
:(