Bate, bate.
Tenho uma ferramenta nas mãos
que me sai da cabeça
em acelerada profusão.
Martela, martela,
teclas, teclas.
Palavras saiem
disparadas, feridas, magoadas.
Atiram-se como borras
para as folhas virgens
de papel cal.
E caiem, caiem
do martelo que me bate
bate, bate.
Até que eu o silencio
com os despejos de grotescos escritos
em sangue.
Da alma, das veias, das tripas
e um pouco do coração.
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