11.7.08

Manifesto anti-quase


Muitas vezes falamos das vidas dos outros sem as conhecermos. É muito fácil dar palpites, conselhos, opinar e não perceber porque é que os outros às vezes têm certos comportamentos. É muito fácil dizer aos outros "não estejas assim", "pensa nas outras coisas", "andas sempre de mau-humor", "pensa no que tens de bom fora daqui". Pois a essas pessoas todas eu digo: Obrigadinho, mas não!

Primeiro porque se calhar o que tenho fora daqui ainda é pior, porque se calhar o meu mau-humor tem muitas razões para existir e porque se calhar eu sou de facto uma resistente e uma pessoa com muito mais força do que aquela que eu reconheço.
Não pretendo iniciar nenhum movimento sobre isto, pois sei que os conselhos e apoio dos outros são muito importantes. Quero apenas marcar a minha posição para que no futuro as pessoas pensem duas vezes antes de abrir a boca.
Eu sei pelos longos 30 anos de vida, que não se pode ter tudo, e que na vida nunca está sempre TUDO bem. Sei disso por dor própria, mas, se calhar não me apetece ser uma pessoa que se contenta com o pouco, ou com o médio, com o satisfaz menos, ou o suficiente. Posso não ter sido sempre aluna de Excelentes, mas coleccionei alguns Muito Bons, e é assim que eu gostava de ver a vida. Não tenho de me contentar com uma coisa boa, e conformar-me porque a outra é má. Não tenho de me sentir feliz porque só tenho uma das coisas bem, quando quero ter todas. Fazer isso é, para mim, reduzir à partida as minhas hipóteses de ser plenamente feliz. E eu acredito que se possa ser plenamente feliz se abandonarmos este satisfatório. Por isso, a todos os que me tentam mostrar "the bright side of life" eu só posso dizer: Obrigadinho, mas não! Boa sorte para vocês.
Hoje, vou jogar no euro milhões.

1 comentário:

Rita disse...

tens toda a razão....a raiva que dá tu quereres chorar como se não houvesse amanhã e alguém dizer...não chores não vale a pena...Vale pois! devemos fazer acima de tudo o q nos apetece.