12.3.07

Luz vaga - Mesa


Luz vaga, luz vesga, a tua cruz
Já não sai da cama, a minha luz

Da sala, do quarto

Pilha a palavra
Troca a quantidade, do assunto modal
A tensão está normal
O lábio fora da boca,
A boca fora do mal

Os teus olhos não são de gente
O teu ar foge para cima
Tens a perna no cimento,
Tens a mão no pensamento

Ciclope, cicloturismo
Na parte de fora, na nesga do abismo
Imaginário que remete, para onde ainda não fui

Convite ao Universo
Com a tua própria câmara
Fecho a luz num olho
Prego a tábua à sensação

Som da casa, quando não estás...

Dancei para te ver aqui,
eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar? Sim
Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar,
tenho uma corda acesa, prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério.
Vou saltar em teu lugar.

Sei que nada mais pode me ajudar

Atrasa o passo
Leva o lenço à boca
Fica na mira do choque frontal
Não é doença, é um animal
Um ruído feito no acto de fingir
seres mau, mesmo a dormir.

3 comentários:

Anónimo disse...

Este teu poema? é difícil.
O que é?

T disse...

Este poema não é meu. É a letra de uma música dos Mesa. Suponho que a letra seja do Rui Reininho, mas sem certezas...

Anónimo disse...

Não relacionei.