Não parava de mexer aquele corpo antropomórfico. Inquietante energia escavada da ingestão de anabolizantes e estimulantes. Um ritmado suor caia-lhe da testa, dos braços, dos membros e escorria-lhe facilmente pelas curvas escorreitas. Ao bater das vibrações, as colunas agitavam o seu woofer que libertava graves quentes e contagiantes. As artérias e veias pulavam de sangue, e batiam aceleradas pulsações de ritmos cardíacos. Rosto ao rubro, tensão máxima, testosterona inchada na sua mais primitiva forma mascaravam cem quilos de massa física no limite.
Quatro paredes fechadas num tecto e num chão de pedra preta fria, aqueciam ao vapor dos bamboleantes. Ninguém se via, não via ninguém, até que o tombo duro e ruidoso do seu pesado corpo no chão estremeceu as estruturas, obrigando a suspensão do festim electro-erótico, por motivos de segurança arquitectónica.
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