27.1.11

Rímel


E de repente acordou tudo. A galope, em dobro, aos saltos de todos os lados. De repente todas as memórias e todas as histórias que eu parecia não ouvir. De repente todos os momentos e todos os beijos e pormenores sem importância em múltiplas sinapses. E de repente começo a lembrar-me de tudo e a sentir tudo avassaladoramente, com meses e meses de atraso, um acúmulo de coisas acumuladas. Todas tão bem guardadas à espera que houvesse espaço suficiente para se mostrarem. Estavam cá. Todas. Apertadas umas contra as outras. E agora andam soltas, aqui por dentro, a virem de todos os lados, a fazerem-me palpitar e sentir. E depois é a música, que tinha optado por deixar de ouvir, deixar de ouvir aquela que nos faz pensar e nos mexe por dentro. Hoje foi a música outra vez, e em dias assim não se deve usar rímel.

Eu não tenho nada a ver com isso, mas tenho opinião


Eu não tenho nada a ver com a forma como cada um gasta o seu dinheiro, nem como o ganha. Mas, tenho a ver quando me é dito que não há dinheiro para pagar a mais pessoas, para contratar mais ninguém, porque não há dinheiro para mais encargos com recursos humanos e com descontos para a segurança social, e no mesmo dia se compram blackberrys para toda uma equipa, um novo portátil 21” e um iphone4 novo para o director. Mais uma vez, eu não tenho nada a ver com isso, nem com a forma como uma empresa decide gerir o seu dinheiro. Pode ser visto como um investimento, uma necessidade, ou ferramentas extremamente necessárias para o desempenho de funções, mas, tenho a ver quando não é paga a indemenização de 3 e 5 anos de casa a pessoas que são despedidas de um dia para o outro. Que saõ despedidas só porque sim, porque são mães ou acabaram de casar, e não queremos cá gente assim com sonhos de vida e com pouca disponibilidade. Pessoas que se mandam fora como um velho computador, para mandar vir um novo. Mas eu não tenho nada a ver com a forma como cada um gasta o seu dinheiro, nem como uma empresa faz a gestão do seu capital, até porque é mais do que claro que os equipamentos valem mais do que as pessoas.

24.1.11

It's in the adversity that we know our friends and our lovers.


[thank you]

há dias que só apetece

Do melhor

Como diriam uns publicitários "para melhor muda-se sempre". Pelo menos tenta-se, digo eu. E quem faz por isso, para mudar para melhor não sabe muitas vezes o que é que está a fazer, não sabe como vai ser duro, nem o quanto isso vai custar, nem tão pouco se vai conseguir, ou se o que idealiza como melhor para si, de facto o é. Nunca se sabe. Mas pelo menos tenta-se.
Eu tentei. E não foi fácil. E não é. Mas mudei. E para melhor.

19.1.11

Hoje, para além da vontade de comer gomas, também me deu a vontade de ter um bebé.


Pelo que tenho visto, das muitas amigas recentemente mamãs, parece menos complicado do que eu imaginava. Ou isso, ou estou rodeada de super-mulheres. Mas dos exemplos que tenho tido, e que não poderiam ser melhores, elas fazem a maternidade parecer uma experiência bastante tranquila e muito alegre. Ou têm sorte com os bebés, que comem  e dormem sem dificuldades, ou é a própria descontração delas, e como encaram as coisas, que é transmitido para os bebés, que acabam por ser igualmente fáceis. Posto isto, tenho de me ir ali acalmar, centrar e equilibrar, porque não quero vir a ser uma mãe stressada, nem com dúvidas ou tristezas.


17.1.11

14.1.11

Acredito que:

"viver infeliz e consentir é pior do que tentar ser feliz e não conseguir"

[depois do post de baixo é preciso]
Desisti antes de desitirem de mim. Porque sei que também já desistiram. Ou melhor, nunca chegaram a investir. Por isso.
Neste momento já sou só corpo presente à espera que me digam que posso ir.

12.1.11

Pois ao que parece, da última vez que preenchi um documento, sou publicitária.

Pronto... agora que já tiveram para cima de meia hora de festejos e divertimento, digam-me lá uma coisa...

...como é que se faz para sair da nossa zona de conforto? 

[é que para além de preguiçosa emocional, agora *dizque também sou muito independente emocional. Está bonito isto está.]

Ora então Obrigada.

100
[o que vocês queriam era farrabadó, não era? Toca de seguir o blog a ver se há festa. Só isso explica que em quatro dias, quatro, tenham aparecido mais sete pessoas, sete! Ahh, sua cambada de bailariquentas, nunca me enganaram! Ora aqui vai música então, daquelas para partir o blog todo. Enjoy!]



11.1.11



99!

[imaginem a festa que eu vou fazer quando forem 100]


"[Wabi-sabi] nurtures all that is authentic by acknowledging three simple realities: nothing lasts, nothing is finished,  
and nothing is perfect."



10.1.11

Da saúde


Por vezes a vida parece um sarilho. Umas vezes bem grande. Porque não há dinheiro, porque não há emprego. Agora é uma conta extra, agora não há pão em casa, avariou-se o carro, mais uma despesa, e mais um ano sem férias. A vida às vezes pode ser uma dor de cabeça diária. Neste momento deve ser para muitos. Mas a verdadeira dor de cabeça é quando esta nos falta. É quando aquilo que tomamos por garantido nos pode fugir, ou abala e assusta. Dizem os antigos, o povo e eu também "haja saúde e tudo o resto se resolve" e é mesmo assim. Não sei se é o avançar da idade, se é a necessidade de acreditar que tudo o resto não tem assim tanta importância, ou se o facto de ter sido obrigada a acordar cedo para esta realidade. Mas, digam o que disserem, tendo saúde temos mesmo tudo. 


[e saber o que é preciso para a manter é o primeiro passo. essa é que é essa C.]

T. é uma pessoa que precisa muito 
de ir ali alinhar o chi, o ki, os chakras, a direcção 
ou o que houver para aqui desalinhado.


[o braço direito também]


Depois de muito pesquisar


Finalmente descobri as minhas fobias. Ao que parece só tenho duas: balões e pessoas.
Adoro fotografias e imagens com balões, simplesmente adoro. Fascinam-me. Mas quando estão ao pé de mim tenho um medo terrível que rebentem à minha frente. Não é pelo barulho, ou pelo susto é por saber que pode acontecer, mas não saber quando.


[E o mesmo se aplica às pessoas.]

Dos factos


Sou gulosa, consumista, iro com facilidade, sou muito orgulhosa e de quando em vez, muito de quando em vez, admito que sou invejosa. Mas o pior mesmo é a preguiça. Eu pensava que era o mau-feitio mas não.
O pior mesmo é a preguiça, porque só me prejudica a mim, e muito. E a preguiça no sentido físico eu já conhecia e admitia, mas agora foi-me apresentada uma nova versão da minha preguiça. A emocional. E não é que têm razão?!?

Eu basicamente não evoluo, por culpa da minha preguiça. Física, emocional e intelectual. E é uma chatice isto, porque para deixar a preguiça já instalada, é preciso não ser preguiçosa.



6.1.11

Se eu fosse um amontoado de objectos, seria isto, ou, como os nossos gostos e objectos nos definem:




Primeira frase espectacular do ano:


"andava à minha procura e afinal estava lá fora."

[01.01.2011]

Este ano vou surpreender muita gente.
Mas principalmente vou surpreender-me
a mim.

Where are we jumpin' and undressin' tonight?

5.1.11

Não estou para isto.

Há coisas que me dão raiva e gente sonsa e com sorte são duas delas. Gente sonsa, daquelas betaas de igreja que se escondem atrás de uma vozinha de quem não parte um prato e depois vai-se a ver e são pequenos leões prontos a afiar as garras e a fazer impôr a sua vontade a quem menos se espear. Dessas sonsas. Que parecem parvas, mas são suficientemente inteligentes para jogarem com isso e com a crença dos outros.

Por outro lado mete-me nervos as pessoas com sorte. Aquelas pessoas que nunca fazem planos, que vão ao sabor do vento, que se atiram sem reflectir para situações, e que nunca se lixam. Tudo lhes corre bem. Tudo lhes acontece. Estes metem-me mesmo raiva. Porque apesar de todos os defeitos, de serem egoísta e oportunistas, e não terem nenhum problema em mostrá-lo, são adorados por toda a gente. Têm dezenas de amigos que fariam tudo por eles, que os estimam, que os procuram, que têm saudades deles, que lhes dão força e se preocupam. Gente de valor. Gente que vale a pena ter como amigos. Não só aqueles que servem para as conversas banais e nos entupirem das merdas deles. E é isto que me dá raiva.




[e também me irritam os capricórnios e os sagitários. pronto. já disse]




a menina está a 
crescer